Monday, August 22, 2005

Again

Vai mais um post escrito no eokiko

Sunday, March 13, 2005
Agora só falta vc!!!!!!!

E aí Thedy?

Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhoto, João Gilberto, Paulinho da Viola, Francisco Alves, Elza Soares, Jamelão, Betânia, Gal e Elis. Estrelas da nova e da antiga geração já pagaram seu tributo a um dos mais importantes nomes do samba-canção: Lupicínio Rodrigues.

Inventor da dor-de-cotovelo - não aquele sentimento antigo, mas sim a dor física causada por apoiar-se demais em balcões atrás de uma bebida para chorar as dores de amores como todo bom boêmio - o cantor/compositor deixou como legado um sem número de canções que exaltavam a paixão, a dor e a perda.

Quarto filho de um total de 21 crianças, Lupicínio - ou Lupe, como era chamado - nasceu em Ilhota, bairro pobre de Porto Alegre, a 16 de setembro de 1914. Reza a lenda que chovia tanto no dia que a parteira foi obrigada a chegar à casa com a ajuda de um barco. O pai, funcionário público, admirava gente letrada e logo pôs a criança na escola. Distraído, o pequeno Lupicínio passava boa parte da aula a cantarolar.

Aos 14 anos, Lupe compõe para o cordão Prediletos Carnaval, sua primeira canção. Tão precoce como o hábito de escrever música, o jovem compositor abraçou a boemia, a bebida e as serenatas. Na tentativa de cortar o mal pela raiz - sem desconfiar que o filho nascera para cantar sobre aquela vida - o pai de Lupicínio obrigou-o a alistar-se (como "voluntário") no exército. Ele tinha apenas 15 anos.

Lupe, no entanto, não seria desviado de seu destino. Noel Rosa, uma de suas maiores influências, já dissera que o menino tinha futuro. Em 1933, transferido para Santa Maria e promovido a cabo, conheceu Iná, mulata que seria musa inspiradora de sua obra. Noivos por cinco anos, o casal não conseguiu subir ao altar porque a família da moça não aceitava a boêmia - mais uma vez ela! - de Lupicínio.

De volta à capital gaúcha e livre o exército em 1935, trabalhava como bedel na faculdade de Direito quando venceu um concurso musical da prefeitura em comemoração ao centenário da Revolução Farroupilha. A música Triste História era uma parceria com Alcides Gonçalves, que também cantou Pergunte aos meus Tamancos, outro sucesso da dupla.

No final dos anos 40, Lupicínio se casa com Cerenita Quevedo de Azevedo, que conhecera na infância e com quem passaria o resto da vida. Na mesma época abriu uma churrascaria, o primeiro de vários empreendimentos na vida noturna de Lupicínio. Lá ele podia exercer a boemia como se estivesse em casa. Os anos 50 trouxeram para Lupe um importante presente, a intérprete paulista Linda Batista eternizaria Vingança como maior sucesso do compositor. Na mesma época, ele passa a cantar suas próprias músicas com o álbum Roteiro de um Boêmio. Em 59, o Grêmio Futebol Porto-Alegrense ganha seu hino pelas mãos de Lupe.

Na década de 60 Lupe foi gravado por Elza Soares, mas logo seu nome caiu no esquecimento. Seria por pouco tempo, no entanto. Entre o final dos 60 e início dos anos 70, o "mestre da dor-de-cotovelo" seria recuperado por grandes nomes da MPB, regravado e homenageado. No auge de tanta celebração, e logo após gravar o LP Dor de Cotovelo, Lupe deixou o mundo em 27 de agosto de 1974.

As dores de amores e a dor de cotovelo não são novidade e já foram cantadas por muitos, tendo virado até lugar-comum. Lupicínio, no entanto, soube como ninguém - talvez por ter vivido o que cantava/compunha - musicar clichês e torná-los sublimes.

Angela, esperando, as vezes sentada, as vezes em pé, o lançamento do Loopcínio de Thedy

posted by angela azevedo | 2:58 PM
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